Agradeço, pela ordem, a minhas tias Mema e Maga, Júlio, e minhas primas Vânia e Raquel pela corrida.
Ano que vem corro com vocês!
Obrigada! Obrigada mesmo!
Amei a surpresa!
Blog que relata minha experiência aos 29 anos ao descobrir um câncer de mama. e-mail: thais.fernanda.andrade.monteiro@gmail.com
terça-feira, 26 de agosto de 2008
quarta-feira, 20 de agosto de 2008
Reflexões
Há muitas lições que se pode tirar de uma "surpresa" como o câncer. A primeira delas é aprender a encarar a doença de frente, sem fantasias, entendendo os limites que a ciência expõe e os limites do nosso prórpio organismo.
A outra, dentres tantas demais, é a de compartilhas histórias, vidas, com os demais pacientes, alguns que já passaram por mais cirurgias que a quantidade de dias num mês. E olha que são tantas histórias...
Há alguns que evitam contar o final, pois evitam falar na morte, afinal lá é um campo de batalha pela vida!
Eu como sou uma pessoa que quase não falo, imaginem... quantas pessoas não conheci, todo dia que vou lá no hospital reencontro alguém com quem já conversei ou na sala de exames, ou na espera da consulta, ou no corredor, na lanchonete, seja onde for o que fiz muito nesse período todo foi conhecer pessoas.
E isso faz um bem danado!
Claro que sempre tem algumas desanimadas, que só se queixam, mas aí tentava mostrar sempre o lado bom da história, e quando não dava, mudava de assunto... ou de cadeira!
Há histórias de mães que abrem mão de tudo pelos filhos, histórias que emocionam, são mulheres guerreiras, medalhas de ouro, cujas histórias jamais foram publicadas, mas que mereciam.
Aprendi também que muita gente oferece ajuda, mas que na hora que você precisa, essa ajuda não era de verdade, era só por educação, sabe aquela coisa que as pessoas falam sem saber exatamente se é aquilo mesmo que querem, pois é acontece. Então você passa a ter a certeza de que tudo depende de você, única e exclusivamente de você.
Passei pela fase de muito choro, como cheguei a comentar aqui, mas agora, vou falar a verdade é difícil me fazer chorar, creio que estou mais dura, não pela doença em si, mas sim por todas dificuldades pelas quais passei e ainda passo em minha vida, coisas do tipo ficar sem empregada e não ter com quem deixar seu filho e assim deixar de ir ao hospital, de ver seu braço inchado e não ter o que fazer pois eu filho depende de você e mesmo não podendo, ter de pegá-lo no colo.
Isso tudo nos dá a certeza de que se vc não se mantiver firme e forte, tudo isso, todas essas situações coadjuvantes à doença te derrubam.
Ontem fui ao hospital e tive de levar meu filho menor de 1 anos e 4 meses junto, o mais velho ficou na escola apesar de sua aula ter terminado, por aí vocês imaginam quantas coisas não passamos para poder vencer essa batalha.
E assim vamos seguindo...
E como eu disse, o lado bom disso tudo é que estou aprendendo, aprendendo muito!
A outra, dentres tantas demais, é a de compartilhas histórias, vidas, com os demais pacientes, alguns que já passaram por mais cirurgias que a quantidade de dias num mês. E olha que são tantas histórias...
Há alguns que evitam contar o final, pois evitam falar na morte, afinal lá é um campo de batalha pela vida!
Eu como sou uma pessoa que quase não falo, imaginem... quantas pessoas não conheci, todo dia que vou lá no hospital reencontro alguém com quem já conversei ou na sala de exames, ou na espera da consulta, ou no corredor, na lanchonete, seja onde for o que fiz muito nesse período todo foi conhecer pessoas.
E isso faz um bem danado!
Claro que sempre tem algumas desanimadas, que só se queixam, mas aí tentava mostrar sempre o lado bom da história, e quando não dava, mudava de assunto... ou de cadeira!
Há histórias de mães que abrem mão de tudo pelos filhos, histórias que emocionam, são mulheres guerreiras, medalhas de ouro, cujas histórias jamais foram publicadas, mas que mereciam.
Aprendi também que muita gente oferece ajuda, mas que na hora que você precisa, essa ajuda não era de verdade, era só por educação, sabe aquela coisa que as pessoas falam sem saber exatamente se é aquilo mesmo que querem, pois é acontece. Então você passa a ter a certeza de que tudo depende de você, única e exclusivamente de você.
Passei pela fase de muito choro, como cheguei a comentar aqui, mas agora, vou falar a verdade é difícil me fazer chorar, creio que estou mais dura, não pela doença em si, mas sim por todas dificuldades pelas quais passei e ainda passo em minha vida, coisas do tipo ficar sem empregada e não ter com quem deixar seu filho e assim deixar de ir ao hospital, de ver seu braço inchado e não ter o que fazer pois eu filho depende de você e mesmo não podendo, ter de pegá-lo no colo.
Isso tudo nos dá a certeza de que se vc não se mantiver firme e forte, tudo isso, todas essas situações coadjuvantes à doença te derrubam.
Ontem fui ao hospital e tive de levar meu filho menor de 1 anos e 4 meses junto, o mais velho ficou na escola apesar de sua aula ter terminado, por aí vocês imaginam quantas coisas não passamos para poder vencer essa batalha.
E assim vamos seguindo...
E como eu disse, o lado bom disso tudo é que estou aprendendo, aprendendo muito!
domingo, 10 de agosto de 2008
Desejo à você - Carlos Drummond
Desejo a você...
Fruto do mato
Cheiro de jardim
Namoro no portão
Domingo sem chuva
Segunda sem mau humor
Sábado com seu amor
Filme do Carlitos
Chope com amigos
Crônica de Rubem Braga
Viver sem inimigos
Filme antigo na TV
Ter uma pessoa especial
E que ela goste de você
Música de Tom com letra de Chico
Frango caipira em pensão do interior
Ouvir uma palavra amável
Ter uma surpresa agradável
Ver a Banda passar
Noite de lua cheia
Rever uma velha amizade
Ter fé em Deus
Não ter que ouvir a palavra não
Nem nunca, nem jamais e adeus.
Rir como criança
Ouvir canto de passarinho.
Sarar de resfriado
Escrever um poema de Amor
Que nunca será rasgado
Formar um par ideal
Tomar banho de cachoeira
Pegar um bronzeado legal
Aprender um nova canção
Esperar alguém na estação
Queijo com goiabada
Pôr-do-Sol na roça
Uma festa
Um violão
Uma seresta
Recordar um amor antigo
Ter um ombro sempre amigo
Bater palmas de alegria
Uma tarde amena
Calçar um velho chinelo
Sentar numa velha poltrona
Tocar violão para alguém
Ouvir a chuva no telhado
Vinho branco
Bolero de Ravel
E muito carinho meu.
Recebi esse poema da Catarina,
uma grande amiga!
A foto acima é a capa do cartão que ela fez, lindo!
A nova Thaís se aproxima...
Neste ano completo 30 anos, e me lembrei de uma música do nosso querido Renato Russo que vem a calhar com a minha transição da velha Thaís para a nova:
"E aos vinte e nove com o retorno de Saturno
Decidi começar a viver...
E vinte e nove anjos me saudaram
E tive vinte e nove amigos outra vez."
Vinte e nove
Legião Urbana
Sei que tenho mais que vinte e nove amigos e que muito mais de vinte e nove anjos me saudaram, mas que aos vinte e nove eu decidi começar a viver é a mais pura verdade!
quinta-feira, 7 de agosto de 2008
Quanto tempo!!!
Olá meus amigos!
Quanto tempo...
Como já disse, são fases de silêncio que se fazem necessárias.
Bom continuo o tratamento, a fisioterapia, exames de sangue, ressonância, retossigmoidoscopia (é isso mesmo daquele lugar) e voltei a ir dia sim dia não ao hospital, pois não lembro se contei isso, acho que não, meu expansor estava correndo (e ainda corre) o risco de se expor e eu ter que enfrentar uma nova cirurgia.
Mas é aquilo:
"Mas é preciso ter força, é preciso ter raça
É preciso ter força
É preciso ter gana sempre
Quem traz no corpo a marca Maria, Maria, mistura a dor e a alegria
Mas é preciso ter manha, é preciso ter graça
É preciso ter sonho sempre
Quem traz na pele essa marca
Possui a estranha mania de ter fé na vida"
e continuo, rindo quando todos acham que eu devia chorar...
Bom mudando de assunto, apesar da maioria dos assuntos aqui abordados serem a minha cirurgia, o Câncer de Mama, etc.
Quero focar esta mensagem entre outras coisas, no carinho que tenho pelas enfermeiras que cuidam dos meus seios e de mim há quase dois meses. Todas são demais, mas a Celina e a Gisele merecem um carinho mais que especial, cuidam de mim como se fosse uma obra de arte delas, e não deixo de ser, e comemoram a cada ponto retirado, a cada pele que se renova, nossa...elas são demais. Damos muitas risadas juntas, afinal eu não perco a mania de falar besteira!
Um grande abraço a todos que estão torcendo por mim!
Thaís
Quanto tempo...
Como já disse, são fases de silêncio que se fazem necessárias.
Bom continuo o tratamento, a fisioterapia, exames de sangue, ressonância, retossigmoidoscopia (é isso mesmo daquele lugar) e voltei a ir dia sim dia não ao hospital, pois não lembro se contei isso, acho que não, meu expansor estava correndo (e ainda corre) o risco de se expor e eu ter que enfrentar uma nova cirurgia.
Mas é aquilo:
"Mas é preciso ter força, é preciso ter raça
É preciso ter força
É preciso ter gana sempre
Quem traz no corpo a marca Maria, Maria, mistura a dor e a alegria
Mas é preciso ter manha, é preciso ter graça
É preciso ter sonho sempre
Quem traz na pele essa marca
Possui a estranha mania de ter fé na vida"
e continuo, rindo quando todos acham que eu devia chorar...
Bom mudando de assunto, apesar da maioria dos assuntos aqui abordados serem a minha cirurgia, o Câncer de Mama, etc.
Quero focar esta mensagem entre outras coisas, no carinho que tenho pelas enfermeiras que cuidam dos meus seios e de mim há quase dois meses. Todas são demais, mas a Celina e a Gisele merecem um carinho mais que especial, cuidam de mim como se fosse uma obra de arte delas, e não deixo de ser, e comemoram a cada ponto retirado, a cada pele que se renova, nossa...elas são demais. Damos muitas risadas juntas, afinal eu não perco a mania de falar besteira!
Um grande abraço a todos que estão torcendo por mim!
Thaís
Assinar:
Postagens (Atom)