terça-feira, 28 de outubro de 2008

Desodorante e depilação das axilas

Bom, não sei se já contei que quem faz esse tipo de cirurgia com esvaziamento axilar, não pode mais depilar a axila.
E se pensarmos bem, nunca deveríamos ter depilado.
Depilar que eu digo é com cera quente ou fria, como fiz a vida toda. Ao depilarmos abrimos portas à diversas bactérias, as quais podem adentrar ao nosso organismo e sabe-se lá fazer o que.
A depilação com gilete também deve ser evitada, pois há risco de cortes ainda que minúsculos, e como não há mais linfonodos nessa axila, melhor não fazer.
Hoje, corto os pêlos da axila com uma maquininha a pilha, como se fosse uma daquelas de cortar cabelo.
Outra coisa: DESODORANTE
Fiquem longe dos que contém: álcool, parabeno e alumínio e, de preferência, que não seja antitranspirante.
Vou contar uma coisa, isso foi extremamente difícil de achar, um desodorante que não tivesse nenhum desses componentes. Achei na semana passada. Até então não usava nada. Tomava mais banhos no dia, é claro!
Encontrei um da L´occitane, masculino e que custa R$ 59,00 com apenas 75 gramas. Caro, com certeza, porém atende aos requesitos.
O engraçado é que o desodorante feminino da mesma marca contém parabeno e álcool, vai entender... aí perguntei para a vendedora, o porque disso e ela disse que toda a linha está em fase de mudança, em outros países essas substâncias (cientificamente comprovadas e proibidas devido aos males que causam ao ser humano) foram banidas e como ainda há estoque... elas tem que vender. Duvido que na França (onde é fabricado), ou em outro país eles estejam esperando acabar com o estoque, duvido... mas isso é outra história.
Fica aqui a dica e o alerta, leiam os rótulos de seus desodorantes!

O primeiro banho a gente nunca esquece...


Dia desses, me perguntaram qual a fase mais difícil que passei desde que a batalha começou, após refletir um pouco (na verdade, acho que nosso cérebro deleta algumas coisas ruins como defesa mesmo), respondi que foi a fase onde eu não podia tomar banho.

Gente, ficar sem tomar banho para mim é uma coisa... insuportável!

E fiquei mais de um mês sem tomar banhos, claro que havia o banho "tcheco", da cintura para baixo, e na parte de cima, lenços e panos umedecidos, ainda bem que era inverno rsrs.

Depois de um mês e pouco pude tomar banho mas aí tinha que proteger o seio esquerdo com aquele plástico que usamos para alimentos e fita adesiva, nossa... era duro viu. Sem contar que o braço ainda não funcionava 100%.

Ainda bem que a gente não lembra disso sempre.

Depois de dois meses e pouco, quando contei que fui liberada dos curativos no hospital, pude tomar banho. E esse banho foi cheio de medo, alegrias, e muita satisfação! Tive medo, pois o corte ainda estava aberto e conforme a água caía no "buraco" eu sentia tudo.
Aquela sensação da água batendo no seu rosto à vontade, sentir a água batendo na sua cabeça... que maravilha! Até hoje quando tomo banho agradeço por poder fazê-lo.

Lembro que a enfermeira que me ensinou o que fazer em casa disse:

_ Olha, se você não tiver coragem de fazer o curativo, coloca a pomada direto na gaze e coloca no seio, não precisa por a mão!

Na hora pensei, tá louca ela, claro que eu ponho a mão. O corte é meu, sou capaz disso.

Depois do primeiro banho livre de todos curativos, olhei no espelho o corte, e entendi a preocupação dela. Respirei fundo e fiz o curativo, passei a pomada com a minha mão, afinal eu tinha que contar comigo mesmo. E sempre tive essa postura, seja o que for, vamos encarar de frente!

Os dias se passavam e cada dia eu ficava olhando para ele, o buraco, que ora parecia se fechar, ora parecia se abrir. Observava, cada nova membrana amarelada que se formava, o que era um bom sinal. E assim, passados alguns dias ele foi se fechando, fechando, hoje posso dizer que se fechou, ainda que tenha uma leve "valetinha" a se fechar.

E o engraçado é que se eu tivesse contado isso a alguém na época, com tantos detalhes, iam dizer:

_ Nossa, você tem que ser mais positiva, mais otimista!

Na verdade as pessoas querem ouvir o que elas querem.

A realidade era dura, não era nada fácil o momento que eu passava, mas quando me perguntavam... estava sempre tudo bem!

Eu até brincava, bem, bem "fudida"!

Embora eu tenha passado por tudo isso, eu relamente me sentia bem, a cabeça estava e está bem (bem 100% nunca foi né, quem me conhece sabe, rsrs).

Queria muito postar aqui as fotos da época, mas não sei se devo. Queria postá-las com o intuito informativo e não especulativo e isso é muito difícil de se controlar.

Ainda bem que tudo isso é passado!

Vamos viver o presente!

Abraços,


Thaís

terça-feira, 21 de outubro de 2008

UM CONTO DE CARINHOS

Conheci este conto quando fiz um curso sobre o método Montessoriano de ensino, um curso que além de lições para a sala de aula me deu lições para a vida!


UM CONTO DE CARINHOS
Claude Steiner




Era uma vez, há muito tempo, um casal feliz, Antonio e Maria, com dois filhos chamados João e Lúcia. Para entender a felicidade deles, é preciso retroceder àquele tempo.
Cada pessoa, quando nascia, ganhava um saquinho de carinhos. Sempre que uma pessoa punha a mão no saquinho podia tirar um Carinho Quente. Os Carinhos Quentes faziam as pessoas sentirem-se quentes e aconchegantes, cheias de carinho. As pessoas que não recebiam Carinhos Quentes expunham-se ao perigo de pegar uma doença nas costas que as fazia murchar e morrer.
Era fácil receber Carinhos Quentes. Sempre que alguém os queria, bastava pedi-los. Colocando-se a mão na sacolinha surgia um Carinho do tamanho da mão de uma criança. Ao vir à luz o Carinho se expandia e se transformava num grande Carinho Quente que podia ser colocado no ombro, na cabeça, no colo da pessoa. Então, misturava-se com a pele e a pessoa se sentia toda bem.
As pessoas viviam pedindo Carinhos Quentes umas às outras e nunca havia problemas para consegui-los, pois eram dados de graça. Por isso todos eram felizes e cheios de carinhos, na maior parte do tempo.
Um dia uma bruxa má ficou brava porque as pessoas, sendo felizes, não compravam as poções e ungüentos que ela vendia. Por ser muito esperta, a bruxa inventou um plano muito malvado. Certa manhã chegou perto de Antonio enquanto Maria brincava com a filha e cochichou em seu ouvido: "Olha, Antonio, veja os carinhos que Maria está dando à Lúcia. Se ela continuar assim vai consumir todos os carinhos e não sobrará nenhum para você".
Antonio ficou admirado e perguntou: "Quer dizer então que não é sempre que existe um Carinho Quente na sacola?"
E a bruxa respondeu: "Eles podem se acabar e você não os ganhará mais". Dizendo isso a bruxa foi embora, montada na vassoura, gargalhando muito.
Antonio ficou preocupado e começou a reparar cada vez que Maria dava um Carinho Quente para outra pessoa, pois temia perdê-los. Então começou a se queixar a Maria, de quem gostava muito, e Antonio também parou de dar carinhos aos outros, reservando-os somente para ela.
As crianças perceberam e passaram também a economizar carinhos, pois entenderam que era errado dá-los. Todos foram ficando cada vez mais mesquinhos.
As pessoas do lugar começaram a sentir-se menos quentes e acarinhadas e algumas chegaram a morrer por falta de Carinhos Quentes. Cada vez mais gente ia à bruxa para adquirir ungüentos e poções.
Mas a bruxa não queria realmente que as pessoas morressem porque se isso ocorresse, deixariam de comprar poções e ungüentos: inventou um novo plano. Todos ganhavam um saquinho que era muito parecido com o Saquinho de Carinhos, porém era frio e continha Espinhos Frios. Os Espinhos Frios faziam as pessoas sentirem-se frias e espetadas, mas evitava que murchassem.
Daí para frente, sempre que alguém dizia "Eu quero um Carinho Quente", aqueles que tinham medo de perder um suprimento respondiam: "Não posso lhe dar um Carinho Quente, mas, se você quiser, posso dar-lhe um Espinho Frio".
A situação ficou muito complicada porque desde a vinda da bruxa havia cada vez menos Carinhos Quentes para se achar e estes se tornaram valiosíssimos. Isto fez com que as pessoas tentassem de tudo para consegui-los.
Antes da bruxa chegar as pessoas costumavam se reunir em grupos de três, quatro, cinco, sem se preocuparem com quem estava dando carinho para quem. Depois que a bruxa apareceu, as pessoas começaram a se juntar aos pares, e a reservar todos os seus Carinhos Quentes exclusivamente para o parceiro. Quando se esqueciam e davam um Carinho Quente para outra pessoa, logo se sentiam culpadas. As pessoas que não conseguiam encontrar parceiros generosos precisavam trabalhar muito para obter dinheiro para comprá-los.
Outra pessoas se tornavam simpáticas e recebiam muitos Carinhos Quentes sem ter de retribuí-los. Então, passavam a vendê-los aos que precisavam deles para sobreviver. Outras pessoas, ainda, pegavam os Espinhos Frios, que eram ilimitados e de graça, cobriam-nos com cobertura branquinha e estufada, fazendo-os passar por Carinhos Quentes. Eram na verdade Carinhos falsos, de plástico, que causavam novas dificuldades. Por exemplo, duas pessoas se juntavam e trocavam entre si, livremente, os seus Carinhos de Plástico. Sentiam-se bem em alguns momentos mas, logo depois, sentiam-se mal. Como pensavam que estavam trocando Carinhos Quentes, ficavam confusas.
A situação, portanto, ficou muito grave.
Não faz muito tempo uma mulher muito especial chegou ao lugar. Ela nunca tinha ouvido falar na bruxa e não se preocupava que os Carinhos Quentes acabassem. Ela os dava de graça, mesmo quando não eram pedidos. As pessoas do lugar desaprovavam sua atitude porque a mulher dava às crianças a idéia de que não deviam se preocupar com que os Carinhos Quentes terminassem, e a chamavam de Pessoa Especial.
As crianças gostavam muito da Pessoa Especial porque se sentiam bem em sua presença e passaram a dar Carinhos Quentes, sempre que tinham vontade.
Os adultos ficaram muito preocupados e decidiram impor uma lei para proteger as crianças do desperdício de seus Carinhos Quentes. A lei dizia que era crime distribuir Carinhos Quentes sem uma licença. Muitas crianças porém, apesar da lei, continuavam a trocar Carinhos Quentes sempre que tinham vontade ou que alguém os pedia. Como existiam muitas crianças parecia que elas prosseguiam seu caminho.
Ainda não sabemos dizer o que acontecerá. As forças da lei e da ordem dos adultos forçarão as crianças a parar com sua imprudência? Os adultos se juntarão à Pessoa Especial e às crianças e entenderão que sempre haverá Carinhos Quentes, tantos quantos forem necessários? Lembrar-se-ão dos dias em que os Carinhos Quentes eram inesgotáveis porque eram distribuídos livremente?

Mudando velhos hábitos...


A alimentação é grande responsável pelo bom funcionamento de nosso organismo, e como toda grande batalha é cheia de desafios, estou encarando mais esse, a mudança na minha alimentação. Já mudei muita coisa desde o início da batalha, mas agora cada vez mais busco qualidade nos alimentos, confesso que nem tudo é mil maravilhas, mas só de pensar que aquilo está me fazendo bem, se torna uma delícia!

Segue abaixo um site que contém a lista dos vegetais e frutas mais contaminados por pesticidas e agrotóxicos.

Na dúvida a melhor opção é descascar todas as frutas, pois nela ficam concentradas essas substâncias, para se ter uma idéia nesse teste as frutas são descascadas e ainda assim apresentam tais substâncias.

Ou ainda comam as frutas orgânicas, livre de agrotóxicos.


segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Perguntas, curiosidades, etc...

Boa tarde a tod@s!
Sei que muitas pessoas entram no meu blog, lêem tudo e ficam com muitas curiosidades, então pessoal, vamos perguntar, vamos trocar idéias, vamos usar este espaço a favor de nossa saúde!
Abraço,

Thaís

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Personalidade propícia ao câncer.... será?


"Como eu, trata-se frequente de pessoas que, sem ou com razão, não se sentiram plenamente acolhidas na infância. Seus pais podem ter sido violentos ou irascíveis, ou então simplesmente frios, distantes e exigentes. Frequentemente essas crianças receberam pouco encorajamento e desenvolveram um sentimento de vulnerabilidade ou de fraqueza. Mais tarde, para se sentirem amadas, decidiram se conformar ao máximo com o que se esperava delas em vez de seguir suas próprias inclinações. Raramente enfurecidas (por vezes jamais!), tornam-se adultos "extremamente amáveis", "sempre prontos a ajudar os outros", "um anjo, uma santa!". Evitam os conflitos e colocam suas necessidades e aspirações mais profundas em segundo plano, por vezes pelo resto de seus dias. A fim de garantir a segurança emocional que lhes é tão importante, podem superinvestir em um único aspecto de suas vidas: a profissão, o casamento, ou os filhos."

Trecho da página 168/169 do livro Anticâncer e David Servan-Schreiber

Quando li este livro no auge do meu desespero, dias após a cirurgia, sem saber ao certo se estava curada, se estava preparada para todo o tratamento, quando me deparei com este texto chorei muito, muito mesmo, afinal, me identifiquei demais com ele. Não que meus pais tenham sido violentos ou irascíveis, mas lembro que desde pequena eu fazia de tudo para agradar, cada um sabe bem onde seu calo lhe aperta...
Não posso dizer que este trecho seja uma verdade incontestável, pois há tantas pessoas que são tão maltratadas na infância e tudo o mais e não desenvolvem um câncer, ainda que desenvolvam outros problemas, mas cabe aqui uma identificação pessoal minha.
Os mais céticos acreditam que o "câncer é um conjunto de mais de tantas doenças...." aquele conceito científico que todos conhecem, porém quem passa por uma batalha dessas inevitavelmente se questiona sobre muitas coisas, principalmente sobre a influência de nosso equilíbrio mental.
Hoje fico por aqui, abraços,

Thaís

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Trocando informações...

Hoje conversei com uma amiga que teve linfoma, e ela me indicou o blog de uma outra moça que teve câncer e também lutou como eu, como ela e como tantos outros nessa grande batalha e venceu.
Vale a pena conferir seu blog:

http://contemporarycinderella.blogspot.com/

Confesso que ainda não li o blog todo, mas estou empolgada em lê-lo, afinal é super interessante.
Ah! Coincidentemente, ela indica o documentário Com Câncer Mas Sexy que está sendo exibido este mês no Discovery Home & Helth, o qual assiti neste domingo e confesso, ri, chorei, adorei! Muito bom para quem passa ou passou por uma batalha como a nossa.
Beijos,

Thaís

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

"Batalhão" é uma batalha grande!


Quero dizer tantas coisas e ao mesmo tempo me calar.
Há tanto a fazer, tanto a sonhar...
A saúde é nosso maior bem,
E só nos damos conta disso quando ela já não está tão bem,
Cada ida àquela sala é um tormento
Aquela sala com a placa na parede onde se lê: Entrega de Exames é uma tortura só
São minutos a pensar, a balançar as pernas pra lá e pra cá
O tempo parece vadiar,
Às vezes ninguém quer conversar
Ouço meu nome, recebo o envelope
Abrir ou não? Ai que dúvida
Abro, leio, nada de grave (penso eu)!
Ufa que alívio!
O médico olha os exames, olha de novo, faz cara de interrogação.
Eu não agüento e digo:
_ Vou morrer disso doutor?
Ele diz que não.
Eu concordo e digo:
_ Posso até morrer com isso, mas disso não vou morrer não!
Mas que o caso merece atenção
E me manda passar pelo cirurgião
Eu que dei esse nome ao blog
Jamais imaginei que seria um “batalhão”!

quarta-feira, 8 de outubro de 2008


“O destino lhe atira uma faca. Cabe a você decidir se pegará pelo cabo e usará a seu favor ou a pegará pela lâmina e se cortará."

(provérbio chinês)