sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Personalidade propícia ao câncer.... será?


"Como eu, trata-se frequente de pessoas que, sem ou com razão, não se sentiram plenamente acolhidas na infância. Seus pais podem ter sido violentos ou irascíveis, ou então simplesmente frios, distantes e exigentes. Frequentemente essas crianças receberam pouco encorajamento e desenvolveram um sentimento de vulnerabilidade ou de fraqueza. Mais tarde, para se sentirem amadas, decidiram se conformar ao máximo com o que se esperava delas em vez de seguir suas próprias inclinações. Raramente enfurecidas (por vezes jamais!), tornam-se adultos "extremamente amáveis", "sempre prontos a ajudar os outros", "um anjo, uma santa!". Evitam os conflitos e colocam suas necessidades e aspirações mais profundas em segundo plano, por vezes pelo resto de seus dias. A fim de garantir a segurança emocional que lhes é tão importante, podem superinvestir em um único aspecto de suas vidas: a profissão, o casamento, ou os filhos."

Trecho da página 168/169 do livro Anticâncer e David Servan-Schreiber

Quando li este livro no auge do meu desespero, dias após a cirurgia, sem saber ao certo se estava curada, se estava preparada para todo o tratamento, quando me deparei com este texto chorei muito, muito mesmo, afinal, me identifiquei demais com ele. Não que meus pais tenham sido violentos ou irascíveis, mas lembro que desde pequena eu fazia de tudo para agradar, cada um sabe bem onde seu calo lhe aperta...
Não posso dizer que este trecho seja uma verdade incontestável, pois há tantas pessoas que são tão maltratadas na infância e tudo o mais e não desenvolvem um câncer, ainda que desenvolvam outros problemas, mas cabe aqui uma identificação pessoal minha.
Os mais céticos acreditam que o "câncer é um conjunto de mais de tantas doenças...." aquele conceito científico que todos conhecem, porém quem passa por uma batalha dessas inevitavelmente se questiona sobre muitas coisas, principalmente sobre a influência de nosso equilíbrio mental.
Hoje fico por aqui, abraços,

Thaís

Um comentário:

Dani disse...

Thais,
Às vezes me faço esta mesma pergunta...será que engoli muito sapo? Não acho que meus pais tenham nada a ver com isso, pois apesar de ter sido ótima filha e nunca ter me metido em confusão, sempre fui um pouco rebelde e fiz as coisas do meu jeito. Pelo meu pai eu teria sido advogada e jamais teria morado fora do Brasil. E olha eu aqui: jornalista morando nos EUA!
Acho que posso ter guardado muita raiva dentro de mim sim, mas nem tanto na infância, talvez mais na adolescência ou na vida adulta. Lembro que o primeiro sintoma que tive foi uma onda de vômitos incontroláveis! Se eu õuvia algo que não gostava e não rebatia na hora, saía correndo pro banheiro! Coisa de doido, né?
Beijos e muita saúde!